Um grande tubarão-branco foi encontrado pela OCEARCH, na costa dos Estados Unidos, com marcas violentas, causadas, provavelmente, por uma luta contra um rival muito maior que ele.
Os pesquisadores divulgaram uma imagem, na segunda-feira, que mostrava um grande tubarão-branco capturado, com uma grande ferida visível na cabeça. Os pesquisadores lançaram Vimy, nome dado ao tubarão, ao mar após marcá-lo.
O intuito da pesquisa da OCEARCH é coletar dados no oceano rastreando e estudando predadores como grandes tubarões-branco, bem como outras espécies marinhas.
Os cientistas da OCEARCH ficaram intrigados ao verem a grande mordida na cabeça do tubarão.
“A julgar pelo tamanho das marcas de dentes e pela extensão da mandíbula das lesões, é provável que o predador tivesse pelo menos 2 pés a mais do que Vimy,” disse Chris Fischer, presidente fundador da OCEARCH.
“Estava claro que algo tinha acabado de agarrar sua cabeça inteira,” disse.
Fischer disse que a mordida poderia ajudar os pesquisadores a identificar onde os tubarões estão acasalando no Atlântico Norte.
“Encontramos três machos nesse mesmo local e os outros dois tinham amostras de esperma viável. Talvez Vimy fosse apenas o cara pequeno no bloco. Sabemos que o acasalamento de tubarões é muito violento. Tubarões mordendo uns aos outros na cabeça não é uma coisa nova. Esta é uma parte de cada dia da sua vida,” disse Fisher.
Para o Newsweek, Michael Heithaus, professor do Departamento de Ciências Biológicas da Universidade Internacional da Flórida, citou, no início do ano, que os tubarões são conhecidos por canibalizar indivíduos menores da mesma espécie, e o grande tubarão-branco não se salva disso.
“Os tubarões comem outros tubarões com mais frequência do que a maioria das pessoas poderia pensar. Para algumas espécies de grandes tubarões, como tubarões-touro, grandes martelos e tubarões-tigre, os tubarões menores são um item de presa favorito”, disse ele.
A ferida, apesar de parecer horripilante, já estava praticamente cicatrizada, fazendo com que Vimy não sofresse nenhuma dor.
Vimy, contudo, tem que ficar mais atento por onde nada, pois ele experimentou de perto que, de predador, ele pode facilmente tornar-se uma presa.
Uma versão desta matéria foi publicada anteriormente em 16 de junho de 2019.
