Finalmente existe uma vacina aprovada para o Ebola

Milena Elísios

A última segunda-feira (11 de Novembro) foi um grande dia, isso porque uma vacina contra o vírus do Ebola foi finalmente aprovada. A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) aprovou que a empresa farmacêutica norte-americana Merck comercialize sua vacina, isso significa que o produto agora pode ser armazenado e, potencialmente, distribuído mais amplamente do que é agora, principalmente na África. O que ´permite que ela beneficie um maior número de pessoas.

LEIA TAMBÉM: Cientistas declaram Ebola oficialmente curável

Embora várias outras vacinas contra o Ebola – febre hemorrágica que causa diarreia grave, vômito e sangramento – estejam em desenvolvimento, a imunização comercializada pela Merck é a única que foi testada durante um surto, na qual demonstrou ser altamente eficaz na prevenção de infecções.

Ebola 2
Uma vacina contra o Ebola foi aprovada pela Agência Europeia de Medicamentos. (Imagem: Pamela Tulizo / AFP / Getty)

A vacina da Merck, é comercializada sob o nome Ervebo e conhecida pelos pesquisadores como rVSV-ZEBOV-GP, foi testada em um ensaio clínico realizado na Guiné no final do surto de Ebola 2014-2016 na África Ocidental. Lá, a vacina foi administrada em pessoas que haviam tido contato com alguém infectado pelo Ebola e aos contatos subsequentes. O medicamento teve sucesso mostrando altos níveis de proteção contra o vírus.

LEIA TAMBÉM: Desigualdade de gênero deixou mulheres mais vulneráveis na epidemia de ebola

Por enquanto o produto da Merck protege apenas contra as espécies Zaire do vírus Ebola, que está por trás do atual surto da RDC e do surto de 2014–2016 na África Ocidental. Será importante desenvolver vacinas contra outras espécies do vírus. Ontem (12 de Novembro), a OMS anunciou que havia “pré-qualificado” a vacina da Merck, o que significa que o produto atende aos padrões de qualidade, segurança e eficácia da agência. Outras agências da ONU, Gavi e muitas agências nacionais de saúde consideram esse endosso ao adquirir e entregar uma vacina.

FONTE / Nature

Compartilhar