Cientistas estão próximos de terminar o primeiro útero artificial humano

Giovane Sampaio

Para alguns, o útero artificial não passa de ficção científica. Mas, para os cientistas, a criação dele poderá salvar milhares de vidas.

De fato, hoje o nascimento prematuro já é causa de morte principal entre recém-nascidos. Esse dispositivo que substituirá o útero da mãe promete reduzir essa estatística.

Os cientistas envolvidos dizem que dentro de 10 anos já existirá um útero artificial que pode salvar a vida de bebês prematuros, segundo reportagem da BBC News.

Os designers Lisa Mandemaker e Hendrik-Jan Grievink juntaram-se ao pesquisador Guid Oei para criar um dispositivo que imite de perto as condições encontradas no útero biológico. O útero artificial irá proporcionar aos bebês nascidos prematuramente – entre 24 e 28 semanas – um ambiente onde os seus corpos possam continuar a desenvolver-se.

“Toda semana podemos prolongar o crescimento de um feto de 24 semanas de idade em um útero artificial, aumentamos as chances de sobrevivência [em] 18 por cento”, disse Oei em um post no blog Next Nature Network. “Se pudermos estender isso para 28 semanas, o maior perigo de morte prematura provavelmente desaparece.”

Em reportgem da BBC News, Oei prevê que o dispositivo estará pronto para bebês humanos em apenas cinco anos, mas ele adverte que o trabalho ainda é incrivelmente experimental, e pode levar mais tempo.

“Não sabemos quais são as consequências para os bebês”, disse ele à BBC News. “Não sabemos nada sobre o curto prazo e as implicações a longo prazo.”

Apesar de ser experimental, ainda assim, se a equipe de Oei conseguir criar um protótipo funcional do útero artificial, ele poderá salvar a vida de inúmeros recém-nascidos, além de desafiar nossas noções atuais sobre reprodução.

Os pesquisadores envolvidos receberam subsídio de € 2,9 milhões para criar um protótipo funcional do projeto, que consiste em um grande saco cheio de fluido conectado a uma placenta artificial.

O investimento é o primeiro passo para a criação do dispositivo que, os cientistas acreditam, irá mudar para sempre nosso conceito de reprodução.

FONTES / BBC News / Futurism

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