Pesquisadores descobrem fósseis de dinossauros no sul de Goiás

SoCientífica
Imagem ilustrativa.

Um grupo de pesquisadores baseado no Laboratório de Paleontologia e Evolução do curso de Geologia da Universidade Federal de Goiás (UFG) coletou e descreveu uma série de fósseis que revelam a diversidade de animais que habitavam o sul do Estado há 80 milhões de anos. Os vestígios de dinossauros, tartarugas e crocodiliformes, descobertos na região de Quirinópolis e Rio Verde, datam do período Cretáceo – era geológica que antecedeu o impacto do meteoro que extinguiu os dinossauros do planeta.

Fósseis dino 2
Arte faz a reconstrução do sul de Goiás na Era dos Dinossauros. Créditos: Luiz Felipe Fernandes

O professor da UFG, Carlos Roberto Candeiro, explica que as novas descobertas ampliam o conhecimento acerca das espécies de vertebrados terrestres que viviam na região. Até então, a maioria dos registros havia sido feita em Mato Grosso, oeste de São Paulo e Triângulo Mineiro. Em Goiás, os fósseis pertenciam apenas a um tipo indeterminado de saurópode – dinossauro herbívoro de pescoço e cauda longos. Já as amostras mais recentes incluem tartarugas e parentes muito antigos dos crocodilos.

Entre os fósseis encontrados pelo grupo estão fragmentos de dente, costela e do osso da pata atribuídos ao titanossauro, um dinossauro de médio a grande porte que habitava a Gondwana – o supercontinente do hemisfério Sul composto pela América do Sul, África, Antártida, Austrália e Índia. Estima-se que o titanossauro possuía cerca de 12 metros de comprimento e 6 metros de altura, se alimentando de folhas no topo das árvores.

Laboratório

O Laboratório de Paleontologia e Evolução é ligado ao curso de Geologia da Faculdade de Ciências e Tecnologia do Câmpus Aparecida da UFG. Também participaram do trabalho pesquisadores da Universidade Estadual de Goiás (UEG/Câmpus Quirinópolis) e da University of Edinburgh, da Escócia. A descoberta foi publicada no Journal of South America Earth Sciences, um dos mais importantes periódicos voltados às Ciências da Terra. A pesquisa foi financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg).

Publicado originalmente no Jornal UFG.

Compartilhar