Sebastião Salgado torna-se o primeiro brasileiro a entrar para a Academia de Belas Artes francesa

SoCientífica
Sebastião Salgado, fotógrafo brasileiro e prestigiado internacionalmente, apreciando sua obra intitulada Genesis.

Depois de estrelar o documentário O Sal da Terra, que retrata sua vida e seus trabalhos fotográficos ao longo de anos, Sebastião Salgado tornou-se o primeiro brasileiro a entrar para a mais prestigiada Academia de Artes do mundo, e não como pintor, mas como fotógrafo.

A Academia, ocupada por 52 cadeiras, tem apenas 4 cadeiras disponíveis para o setor fotográfico, criado há apenas 10 anos, e Sebastião Salgado virou dono de uma delas.

“Lutamos por mais dois fotógrafos para sermos um grupo de seis, o que nos tornaria mais representativos,” ele diz em entrevista à Folha de São Paulo.

Sebastião Salgado, Kuwait, 1991.
Sebastião Salgado, Kuwait, 1991.

Vivendo como um cosmopolita, retrata fotos em preto e branco que variam desde a vida indígena, das guerras no oriente médio, das crises políticas, dos problemas sociais à vida selvagem. Sebastião, hoje, aos 73 anos, é um dos maiores fotógrafos mundiais, possuindo passaporte no Brasil, na França e nas Nações Unidas.

Também se destacou pelo trabalho de reavivamento florestal de uma área de terra que havia herdado. Transformou a fazenda de deserto a uma floresta viva, com animais e várias plantas e 1 milhão de árvores aterradas por ele, sua mulher e voluntários durante anos.

Sebastião Salgado, criticando que hoje em dia não se faz mais fotografias, devido aos excesso de selfies e imagem preguiçosas retratando as vidas das pessoas em redes sociais, irá receber o prêmio em Paris, ocupando a cadeira do também fotógrafo Lucien Clergue (1934-2014), e levando consigo, na cerimônia, um pouco do muito que o Brasil tem a oferecer de bom ao mundo: arte e esclarecimento através de suas fotografias.

Com informações da Folha de São Paulo.

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